De Roma a Malburgo passando por Boiro

Abstract: some other Galician ans Portuguese germanisms probably due to the Suebi: the ancient river Guada ‹ PG *wadan 'ford', SamosSamanos 'congregated ones', several Boiro/Bouro ‹ PG *būrjō 'Cabin, hut, house', grova 'ditch' ‹ PG *grōbō 'pit, ditch, groove'; some other places calles Roma ‹ PG *rōma 'room', and the towns called Malburgo and Malburguete 'Town of Reunion'. In particular, the Guada river could be the only river bearing a Germanic name in all the Iberian peninsula, and Malburgo and variants the only places with composite names.


_________________________


1) O rio Guada


O actual rio Anlho, afluente do Minho que passa polos concelhos de Abadim e Cospeiro e recolhe co Támoga e o Parga as águas da comarca luguesa da Terra Chá, era chamado na Idade Média rio Guada. Hoje passa, entre outros lugares, polas freguesias de Sam Jorge de Goá e de Sam Pedro das Goás, cujos nomes relembram o antigo nome do rio:


Sam Pedro das Goás (121 hab.- Abadim, Lugo)

Sam Jurjo de Goá (635 hab.- Cospeito, Lugo)


Temos boa documentaçom do hidrónimo e dos topónimos:


  • 'Villa in Ripa de Guada (…) in Ripa Guada, villa Sisuerti; (…) in Ripa de Guada, Villa de Cultrage que fuit de dompna Godegeua' (Lourenzá s.d.)

  • 'in Azumara, villa Edrosa. in Cerceta Froylane incartaciones Trasarici. in Guada, quamtumque habeo.' (Lourenzá 969)

  • 'in terra vero de Monte Nigro per aquas de Guada ad impronum' (CODOLGA: Mondonhedo 1128)

  • 'in terra uero de Monte Nigro per portum de Bizacanes et per pontem de Culmia et per portum de Storia et per montem de Meis et per aquam de Guada' (Lourenza 1128)

  • '...quod do et in concambium pro Coca concedo totum Villarentem cum toto ipso monte de Meda, per furcam sancti Martini, sicut diuiditur per Monimenta et per Martoy et per Arenam Aluam et per riuum de Goaa, et per terminum de Moar, et inde per pontem de Leyros' (CODOLGA: Meira 1187)

  • 'Pelagius de Goaa' (CODOLGA: Meira 1129)

  • 'eu, Tareyia Peres, morador en Santa Christina de Goaa' (TMILG: Vilarente 1381)

  • 'uos, Lopo Afonso et Maria Rodrigues, uosa moller, moradores en Goaa, toda a minna meetade ... de San Jurgo de Goaa, que ias hu chaman Villares' (TMILG: Vilarente 1407)

A evoluçom do hidrónimo fica quase completamente documentada:


Guada › *Goada › Goaa › Goá


Mais, qual é a orige desta forma guada? Nom pode ser o latino vadum, que da o actual termo vau, já que nunca umha /u/ latina é herdada em galego coa forma -gu- (agás ocasionalmente nos grupos [vu] ou [vo]: golpe/volpe 'raposo', Suegos/Suevos), e o mesmo pode dizer-se das verbas pertencentes a línguas autóctones pre-latinas, que som herdadas como /b/, com grafia v ou b, ou excepcionalmente como [f] ‹ [β] (em grupo -fi- ou -fe-: Fiovre ‹ *Vidovre/*Bidobre ‹ celta galáico *Widubri 'Castro do Bosque'). Deve ser por tanto umha verba chegada e implantada logo do latim e previamente ao século X, quer-se dizer, árabe ou germánica.



1.a.- É Guada verba árabe?


De certo que a verba árabe para rio é wā, que na península ibérica apresenta-se em geral coa forma guadi: Guadiana ‹ Wādī-Ana 'Rio Ana', Guadalquivir ‹ Wādī-al-Kibir 'Rio Grande'... Más esta verba nunca é achada soa na toponímia, senom acompanhada do nome próprio do rio ou dum adjectivo. E ainda máis, nom conheço o emprego deste termo árabe ao norte do rio Douro, mais si no Mediterráneo e na metade sul da península, onde houvo dominaçom árabes de varias centúrias, mais no norte da Galiza a presença árabe, se a houvo, nom foi superior a trinta anos, ata o 750 aproximadamente, quando os muçulmáns se retiram ao sul do Douro.


É certo que hai toponímia árabe na Galiza, mais a meirande parte dela corresponde aos lugares chamados Aldea ‹ àrabe addáy‘a, verba que nom se emprega na Galiza até o século XIII:


  • 'mando predicto monasterio sancti Iusti quantam hereditatem habeo et habere debeo in casali de Aldea cum suis directuris quod est prope Verrines in filigresia sancti Iohannis de Lousamia' (TTO 1262)


Case o mesmo podemos dizer doutras formas como Bárrio, Bairro, ou Barro ‹ àrabe barrī, presentes já desde o século XI:


  • 'concedo ipsa uilla uocitata Barrio ad ipsum locum sanctum' (CODOLGA: Carboeiro 1069)


Ou doutras como Azea/Azenha ‹ árabe assánya, ou Almuínha ‹ árabe almúnya ('ex alia enim parte inter Uillarelium et Uillar quomodo currit ipsa aqua que Uliam intrat; et est diuisa per suas diuisiones, uidelicet, inter uillam Molder et Almuiam', TA 1107). Junto a estas temos outros termos devidos provavelmente aos numerosos servos muçulmáns que achamos na documentaçom medieval galega e as suas necessidades religiosas:


  1. Mesquita ‹ árabe māsgid
    Sam Vitoiro da
    Mesquita (164 há.- Alhariz, Ourense)
    Sam Martinho da
    Mesquita (379.- Mesquita, Ourense)
    Sam Pedro da
    Mesquita (273.- Merca e Tavoadela, Ourense) ‹ 'villam quam vocitant Villare subtus sancto Petro de Mezquita, territorio Bubale' (Celanova, 989)
    E, com dúvidas:
    A Pesquita (14 hab.- Alfoz, Lugo)


  1. Almoçara ‹ árabe almuşálla 'tapete; lugar de oraçom'
    Almuçara (68 hab.- Boborás, Ourense)
    Almoçara (85 hab.- Santa Comba, Crunha)

    +'per terminos de Maurilione et Almuzara et per terminos de Sancta Martha et inde per terminos de Mozolo de Ruvin' (Samos 1020)


Todos estes topónimos referem-se a lugares de habitaçom, de trabalho agrícola, ou de oraçom, própios dumha povoaçom serva, mais nom a castelos ou fortaleças, nem a nomes geográficos como monte, rio ou similar. E, repito, a verba wādī nom se apresenta soa na península ibérica, senom acompanhada do qualificativo do rio ao que nomea, e é moi rara a norte do rio Tejo.



1.b.- É Guada verba germánica?


Esta é para mim a melhor opçom. Temos por umha banda a forma porto-germánica *wadam 'vau, auga, corrente, avançar; ford, water, stream, to march', derivado do protoindoeuropeu *wadh- 'avançar; to go, march' (IEW: 1109) Da outra banda, a evoluçom máis comum, ainda que nom exclusiva, da wau germánica é [w] › [gw]. E, além disso, a Terra Chá tem a máis alta proporçom de toponímia com etimologia germánica da península ibérica, (case unha freguesia de cada tres!), e tanto a Crónica de Idácio como o Paroquial Suevo afirmam a residência dum importante número de suevos as portas da cidade de Lugo. Assi, Idácio amossa-nos aos suevos de Lugo tomando a cidade por surpresa ('Per Suevos Luco habitantes, in diebus paschae, Romani aliquanti cum rectore suo honesto natu repentino securi de reverentia dierum occiduntur incursu.', 194), sendo depredados por umha parte do exercito godo aqueles que residiam nos arredores da cidade ('Pars Gothici exercitus a Sunierico et Nepotiano comitibus ad Gallaeciam directa, Suevos apud Lucum depraedantur.', 196), ou recebendo umha embaixada de Teoderico ('Cum Palegorio viro nobili Gallaeciae, qui ad supra dictum fuerat regem Cyrila legatus, ad Gallaeciam veniens, euntes ad eumdem regem legatos obviat Rechimundi: qui regressi in celeri, revertentem Cyrilam in Lucensi urbe suscipiunt.', 215). Tamém, a introduçom do Paroquial suevo explica por que a cidade de Lugo foi elevada a categoria metropolitana: polo seu carácter central, e pola presença permanente dum importante número de suevos nela ('Dum hanc epistolam Episcopi legerunt & elegerunt in Synodo ut Sedes Lucensis esset Metropolitana sicut & Bracara, quia ibi est terminus de confinitimis Episcopis, & ad ipsum locum Lucensem grandis sempre erat convenctio Suevorum').


Daquela, se hai um lugar na Galiza onde a residência dum importante número de germanos puidesse devir na apariçom de topónimos puramente germánicos, esse lugar som as ricazes e extensas chairas agrícolas da Terra Chá, protegidas polos montes e ao abeiro da capital do norte da Galécia.


O seu significado bem pudesse ser '(rio) pouco profundo, ou (rio) empantanado'. O seu nome actual, Anlho, vem do latino ANGULO, em referência aos seus meandros, evidência de ser rio de augas lentas, chairego. Além disso, o *wad- germánico tem tamém um sentido de 'atravessar, avançar', e um rio anguloso é em si mesmo um rio que se atravessa e que pode forçar a ser atravessado moitas vezes...


E se semanticamente semelha ajeitado, foneticamente a evoluçom do termo germánico *wadam ao topónimo actual Goá é direita:


*wadam › *wada (ou bem na língua germánica, ou por influxo do latim vulgar) ›

Guada ([w] › [gw])

*guaa (pérda do [d] intervocálico)

Goaa ([gw] › [go])

Goá (crase de vogais idénticas)


Por último, devo fazer notar que no sul da península preserva-se o /d/ de Guadi-, o que tal vez tamém indica a diversa natureza de uns e outros hidrónimos.



_________________________



2.- Samos ‹ Samanos 'Congregados'



  • Samos (1.987 hab.- concelho da província de Lugo)


Já tratei brevemente Samos noutro lugar, e devo agora reafirmar-me no exposto: Samos deriva do topónimo medieval Samanos, formalmente um substantivo masculino plural que considero vem dum adjectivo já romance *samanos (GWB: s.u. *samana) 'congregados; congregated, united', derivado do adverbio germánico *samana 'conjuntamente, congregadamente; altogether':


PG *samana, germ., Adv.: nhd. zusammen, gemeinsam; ne. together;


Reconstruido de formas como as seguintes, recolhidas por Pokorny (IEW: 905)

gótico samana `beisammen' 'junto'

ant. Islandês saman `zusammen' 'junto, conjuntamente'

alto-alemám médio samenen 'sammeln' 'congregar, reunir'


Devemos ter em conta que si bem agora Samos é um dos 315 concelhos da Galiza, nasceu exclusivamente como um mosteiro, e nada lhe acai tam bem como um nome que semelha significar algo assi como 'reunidos, congregados' ou 'arrejuntados', nom si? Pois bem. A documentaçom mais antiga do lugar, polo que eu sei, é dum documento jà recolhido no Tombo do próprio mosteiro:


'concedo ibi ipsas hereditates cum cunctis suis bonis, ut serviant ad ipsam ecclesiam et ad hospites, pauperes et peregrinos in eam advenientes, et pro luminariis et ornamentis altariorum, ut sit mihi merces copiosa concessa a Domino per intercessionem vestram et, qui in vita sancta perseverare videtur, possideat illam ecclesiam iam prefatam sancti Stephani et serviat ad dominos de casa de Samanos, sicut illi iusserint omnia secula' (Samos 785)

Surpreendentemente neste primeiro documento achamos que o lugar aparece definido como 'casa de Samanos', sendo de novo samanos um substantivo ou adjectivo substantivado, antes que um auténtico topónimo. Vexa-se o resultado da busca da frase 'casa de *os' no CODOLGA:



  • 'ecclesiam iam prefatam sancti Stephani et serviat ad dominos de casa de Samanos, sicut illi iusserint omnia secula; et concedo omnes res meas' (Samos 785)

  • 'aut pro alico recipiat nisi pietas Christi, acostara me a casa de Samanos et ad domnum Mandinum dignum abbatem sunt cum sua potentia' (Samos 1009)

  • 'que ad ipsam casam abbatengam pertinet, extra ecclesias Sancte Marie, casa de monacos et Sancti Uincentii cum hereditatibus et debitis suis que sunt' (Santiago 1116)

  • 'postea in tempore comite domno Guterri intrauit Munino Froyaz intus casa de Meyrengos, stando in iure de comitissa domna Eldoncia, presit Johanne Bellitiz' (Lourenzá s. XIII)

Samanos pode cambiarse por meirengos 'persoas de Meira', com sufixo derivativo germánico, ou por monacos 'monjes'.



_________________________



3.- Malburgo 'Castro da Reuniom' e Malburguete:


Som dous tipos de topónimos surpreendentes, cumha sonoridade pouco comum na península ibérica. E se bem é certo que acô abundam os lugares chamados Burgo ou similar, tamém o é que esta verba germánica já penetra no latim cedo. Mais o que é plenamente desusual é a presença dum composto com ambos componentes germánicos, e com orde de palavras igualmente germánica (adjectivo + substantivo) e nom latina.


Em toda Europa acham-se topónimos similares:


Malborghetto (Udine, Friul-Venécia Júlia, Itália)

Maubourguet (Hautes-Pyrénées, França)


Maulburg (Baden-Wuttemberg, Alemanha)

Malburgen (Arnhem, Países Baixos)


E os abundantes Malberg e similar, que Förstemann agrupa no segundo volume, parte 2ª, do Altdeutsches Namenbuch (IEW II.2: 182) como compostos de um primeiro elemento Mahl- 'lugar de reunión, concelho, parlamento', e um segundo elemento burg ou berg, 'fortaleça, castro'. De jeito que Malburgo ‹ PG *Mahlaburg é em linguas germánicas 'Cidade/Fortaleça onde se fai a Reuniom/Concilio/Parlamento'. Na Galiza, ainda que só dous subsistem, forom máis abundantes no passado:


  • Malburgo (58 hab.- Forcarei, Pontevedra)

  • + Malburgo (extinto, Vila Marim, Ourense) ‹ 'Item aforam a Loys de Vilamarin et a quatro vozes os nosos lugares de Malburgo et de Fondo de Vila que jazen sub signo de Santiago de Vilamarin' (TMILG: Oseira, 1473)

  • Malbuguete (Nogueira de Ramuim, Ourense)

  • +Malburguet (extinto, Caldelas, Ourense) ‹ ' in Caldelas, circa Malburgeth unum obtimum casalem, quod dicitur Casfiel' (CODOLGA: Meira, 1212)





Visualizar o mapa ampliado

_________________________



4.- Boiro 'casa'



Som vários os lugares de nome Boiro, Bouro ou similar por Galiza, Portugal e Astúrias:



Na Galiza:

  • Boiro (131 hab.- Porto d'Oçom, Crunha) ‹ 'in villa Borio et in uale de Miortis et in uilla Argimir dicta Bauza et in uilla Crones et in Cambonio' (TTO 1201)

  • Santa Baia de Boiro (8231 hab.- Boiro, Crunha) ‹ 'testamentum de hereditate mea propria quam habemus in Pistomarchis loco certo in villa Carinio concurrente ad ecclesiam Sancte Eolalie de Vorio' (TTO 1156)

  • Buiro (97 hab.- Val do Dubra, Crunha) ‹ 'filia Sancie Dominici in villa de Calrreio et de Boyro, que sunt in filigresia sancti Vincencii de Riali' (CODOLGA: Santiago 1315).

  • Buratai (38 hab.- Lugo, Lugo) ‹ 'damos et aneyxamos a a dignidade da mestrescolia desta nosa iglesia para senpre, o casal de Buratae' (Lugo XIV 1364)

Penso que este último provem de *burio Atani 'Boiro/Casa de Atan' › *buriatani ([oa] › [a]) › *buratani (perda de iode) › buratae. Atan é nome frequente na alta Iidade Média na Galiza.



Em Portugal é mais frequente a forma Bouro (como é máis frequente a forma corredoura, sendo na Galiza maioritária, nom exclusiva, a forma corredoira), por umha evoluçom [oy] › [ow]:

  • Boiro (Guimarães, BR)

  • Boure (Penafiel, PO)

  • Bouro (Amares, BR)

  • Bouro (Vila Verde, BR)

  • Parada do Bouro (Vieira do Minho, BR)

  • Porto de Bouro (Celorico de Basto, BR)

  • Vale de Bouro (Celorico de Basto, BR)

  • Terras de Bouro (Terras de Bouro, BR) ‹ 'in Portugale Aquilini. in Burio medio Cupiti. in Bubale Villa Nova cum Cornia et Caugelio' (Celanova, 934)



No extremo ocidental de Asturias:

  • Bourio (Castropol)

  • Boiro (Íbias)



Todas as formas procedem de umha forma Burio:

Bouro/Buiro ‹ Boiro ‹ Borio ‹ Burio ‹ *būrjō



Esta forma, conhecida só para o noroeste da península ibérica, provem do suevo *būrjō (v. Ostgermanisch, G. Köbler, Gotisches Woerterbuch), derivado do proto-germánico *būram 'casa, quarto, cabina'. Junto cos topónimos sá/sâ e outros determina um padrom de dispersom moi claro desde Aveiro ao ocidente de Astúrias, passando polo val do Minho.





_________________________



5.- Roma 'Cabana'



Som vários os topónimos do noroeste que semelham lembrar a Cidade Eterna. Mais umha forma asturiana revela umha outra natureza:

Romadonga (Gozón, Astúrias)


Este topónimo é de todo similar a outros como Vila Donga, Quinta Dóniga, Sas Dónigas... Cum segundo elemento que indica pertença a um personage relevante, dominica 'do senhor', e um primeiro elemento que se poderia traduzir por residência ou explotaçom agrícola. É razoável supor o mesmo ou similar significado para o primeiro elemento, roma-. Pois bem, este elemento tem boa etimologia na verba germánica *rūmam 'quarto, estáncia, espaço, lugar; room', que tem bo rendimento toponímico, e que origina o inglês room, de igual significado.


Outros topónimos galegos e portugueses co mesmo orige som:

  • Santa Sía de Roma (108 hab.- Zas, Crunha)

  • Roma (194 hab.- Barbadás, Ourense)

  • Roma (Abadim, Lugo)

  • Roma (Barcelos, BR)

  • Roma (Caminha, VC)


_________________________


6.- Grova:



Em galego, umha grova é:

Groba s. f. Encañada profunda, desfiladero; también engorba (Morrazo). Es metátesis de la forma etimológica: groba, engroba.” (DdD: Elixio Rivas, s.v. groba)

Grova. Cárcava, en Villaquinte; engrova, en Martín, sangrova, en Villarín.” (DdD: Aníbal Otero, s.v. grova)

Grova. s. f. Hondonada, depresión, zona más baja de un terreno, (Láncara). Cárcava (Villaquinte). “ (DdD: Apéndice de Eladio Rivas, s.v. grova)



É a mesma verba que o inglês groove 'suco, rego', derivando ambas do proto-germánico *grōbō 'poço, fojo, succo', relaciona coa verba *graban que aparentemente da orige a outra verba galega:

Grava. Surco hondo hecho en la tierra por la corriente de las aguas pluviales. Gumieiro.(DdD: Aníbal Otero, s.v. grava)



Outra relacionada é gravám 'classe de arado para roturar':

Brabán. s. m. Clase de arado, recio, para romper monte y arrancar cozos. Gundriz de Samos. La cambela tiene el mismo objeto.

Grabán. s. m. Clase de arado de hierro para roturar. Reigada de Monforte, Lu. Es equivalencia acústica de brabán.” (DdD: Elixio Rivas, s.v. brabán)



E nom deixa de surpreender que tenhamos a verba proto-germánica *grabjam 'aixada, pá':

*grabja-, *grabjam, germ., st. N. (a): nhd. Hacke (F.) (2); ne. hoe (N.); RB.: an., as., ahd.; Hw.: s. *graban (GWB: s.v. grabjan-)



Precisamente o emprego primário dumha aixada é o mesmo que se lhe atribue ao gravám: britar, romper o monte. Pode ser que os suevos introduziram na Galiza algum tipo de arado ou ferramenta, *grabjam › gravám, e que via este se espalharam os termos que significavam o resultado final do lavradio co dito arado: grava ‹ *graban 'rego, suco' e grova ‹ *grōbō idem, deixando máis tarde de aplicar-se as lavores agrícolas e passando a definir caracteres da paisage.

E ainda a mesma orige tem a verba gravar, que nos chegou, nom obstante, do francês graver.



Por outra banda, a presença deste termo já como topónimo é antigo na documentaçom:

  • 'Sandini alia quam vocitant Trasarici, ex alia parte villa de Grovas. in Dezone alia villa per suos antiquos terminos sicut eam ' (Celanova 993)

  • ' inde vero per illum lumbum usque feret in Grovam super Sanctum Salvatorem de Gandari, et vadit ad squilarem' (CODOLGA: Oia 1106)

  • 'directo usque ferit de testa in illas bauzas de illas grouas illius castri. et reseruamus illas bauzias pro iudicio' (Sobrado 1109)

  • ' uilla quos uocitant Funtanella et suo quinione da Groua et allia in Bario' (CODOLGA: Carboeiro 1119)

  • 'et inde ad Castineira de Boue Mortuo, et inde ad Grouas, deinde per illas Cruces et inde ad illo Paramio,' (Sobrado 1135)

  • 'et deinde ad Arcam de Montouro, et deinde ad Grovam, et vertitur ad supradictam vallem de Estremam.' (CODOLGA: Oia 1135)



Na toponímia:

  • Grova/A Grova (57 hab.- Riotorto, Lugo)

  • Costa da Grova/A Costa da Groba (32 hab.- Ponte Areas, Pontevedra)

  • Grovas-Fenteira/Grobas-Fenteira (50 hab.- Ponte Cesures, Pontevedra)

  • Grova/A Groba (42 hab.- Boborás, Ourense)

  • Grova/A Groba (0 hab.- Leiro, Ourense)

  • Grova/A Groba (58 hab.- Ribadávia, Ourense)

  • Grova/Groba (19 hab.- Carbalhinho, Ourense)

  • Grova/Grobas (48 hab.- Pinhor, Ourense)

  • Grova de Baixo/A Groba de Abaixo (62 hab.- Arteixo, Crunha)

  • Grova/Groba (18 hab.- Laracha, Crunha)

  • Santa Maria de Grovas/Grobas (61 hab.- Melide, Crunha)



Em Portugal:

  • Grova (Amares, BR)

  • Grova (Arcos de Valdevez, VC)

  • Grova (Melgaço, VC)

  • Grova (Santo Tirso, PO)

  • Grovas (Viana do Castelo, VC)

  • Grovelas (Ponte da Barca, VC)



Polo que eu sei, tanto esta toponímia como as verbas associadas som de todo desconhecidas nas áreas linguísticas castelá e leonesa.



Comentarios

  1. Depois de ler a orige de Boiro, vem-me a dúvida doutros topônimos parecidos na sua terminaçom, os mais semelhantes: Reboiras, Reboira, Reboiro?
    Ou Mesoiro, Catoira?
    Levam a pensar no lugar de, lugar do mesom ou mesa: Mesoiro, luga da cata: Catoira.
    Lugar do bom, e rebom?
    As Terras de Bouro, e Santa Maria e Santa Marta de Bouro estám em encostas dos rios Homem e Câvado, som terras que em certa maneira se abrem e som menos costentas, som boas.
    Agradecido.

    ResponderEliminar
  2. Olá, um saúdo. Já que trabalho em Boiro podo acreditar sem deixar lugar à duvida que é boa terra è melhor gente :-) 'Lugar bo' seria um fermoso significado...

    ResponderEliminar
  3. Ola Cossue, estaba mergullándome na túa "hemeroteca" e achei esté moi bo artigo. Pero sobre o de Boiro venme unha dúbida: non podería ter a súa orixe nun antropónimo Burio? Como sabes os Burios eran unha tribo que chegou cos suevos ós inicios do S.V... eu lera que Bouro ven precisamente de "Terras dos Burios" aínda que tamén puidera ser: Terras do Burio (un home chamado así)...

    unha aperta
    Carr

    ResponderEliminar
  4. Ola, Carr. Lin unha e mil veces esa información en Internet, pero vou a afirmar -con algo de coñecemento de causa- que é unha mera etimoloxía ad hoc, ou unha construción desproporcionada: "se existe a Terra de Bouro, que existe, e esta era Burio na Idade Media (Tombo de Celanova), entón será por que era a terra dos Burios, esa tribo xermánica, sueva, mencionada por Tácito!" Pois non :-) Primeiro, ningunha fonte coetánea (ou mesmo posterior) á chegada dos suevos fala da presenza de Burios na Galiza: nin Hidacio, nin Isidoro de Sevilla, nin Gregorio de Tours, nin Xoán de Biclara, nin as cartas soltas dos papas aos bispos galegos, nin as obras de San Martiño de Braga, nin os concilios suevos, nin o Parroquial... Nada! Tan só a coincidencia onomástica. De feito, para o Volkswanderung da bibliografía alemana (en Cristiano, cando a Xermania botou por fóra) xa os Burios penso que non existían como pobo. Por outra banda, na Galiza, nas Asturias e mais en Portugal temos Suevos, Suegos, Francos, Téifaros (? < Taifalos), Godos, así como Galegos, Toldaos, Cumbraos ( < Colimbrianos), Foramontaos, Rebordaos, Báscuas ( < Báscones)... Se tivésemos Boiros ou Bouros non dicía nada, xa que tampouco as fontes falan da presenza de Táifalos, mais o que temos é unha rexión portuguesa chamada Terra de Bouro, Burio na Idade Media, cando era un territorio. Só con iso non se pode presentar unha proposta - "aqui houve Búrios" - como un feito demostrado. Polo máis, tampouco foi Burio antropónimo, polo menos na Galecia medieval.

    Por outra banda (voume dar un par de latijasos) mesmo a historia evolutiva de algún destes Boiro's, nomeadamente da capital do concello de igual nome, non permite asegurar que a súa orixe estea no xermanismo que propoño. E con respecto ao Buratae, menciónase en documento de Celanova do ano 1010 un lugar chamado Bauratanes, polo que pode que ambos sinalen á existencia dun antropónimo *Bauratan, vel similis, sen conexión cos outros Buiro / Boiro.

    Abrazos, meu.

    ResponderEliminar
  5. Ola Cossue. A min tamén me soaba un tanto improbable eso de Terras dos Burios.. non atopara ningúnha referencia a un documento fiable que o sustentara. È un pouco como as famosas Terras de Turonio, que algunhas veces se teñen relacionado coa Turingia, na Alemaña, hipotizando un grupo desta orixe chegado cos suevos..

    Sobre o de Malburgo, é un dos casos que máis me chamou a atención de posible toponimia xermánica non TAXX, cando cho lin. Pero o de Malburguete chirriabame un pouco. Ese Malburgete ou Malburgeth ten toda a pinta de ter chegado en época plenamente romance, non latina. Busquei polo "internés" e descubrín que hai en Teruel un "Coto del Mal Burgo", que respondería al romance "mala ciudad", y se asociaría con formas como "Malpartida" "Belmonte" y formas documentadas (S.XI) como "ipsa Villa de Mala Conjuncta". Saqué esta información de un libro de María Dolores Gordón Peral "Toponimia de España: estado actual y perspectivas de la investigación". Creo que o sufixo -et(e) de Malburguete é revelador de "modernidade" ou ao menos de non xermanidade.. non sería posible que os Maulburg Malburgen do mundo xermanófono foran unha cousa, e os Maubourguet/Malborquetto/Malburgete/Malburgo do mundo latino (occitano, friulano, aragonés, galego...) foran outra? mesmo que os que atopamos en Galicia foran de influencia Occitana vía Camiño de Santiago?

    apertas,
    Carr

    ResponderEliminar
  6. Do libro que che digo deixoche o link, eu lin un fragmento on-line:

    http://books.google.es/books?id=VqLeQqOWY6UC&pg=PA20&dq=Mar%C3%ADa+Dolores+Gordón+Peral+Malpartida+Malburgo&hl=es&ei=VjJzTselHeXm4QS2tODHDQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CC0Q6AEwAA#v=onepage&q&f=false

    ResponderEliminar
  7. Ola, meu! Pois tes boa razón que o -ete resulta moi romance. Tamén coñecía o caso do Mal Burgo de Aragón. Por outra banda, tampouco temos documentación moi antiga destes Malburg- galegos, so desde o século XIII, polo que non podemos desbotar a influencia "francesa" (pero ten pecado que nos teñamos máis ca eles!).

    Con todo, penso que nas fundacións ex novo búscase máis ben nomes auspiciosos (Benavente substituíndo a Malgrado; Bemposta, se non é nome recibido a posteriori), por iso penso que Malburgo non corresponde en absoluto con Mala Partida ou similar, que penso poden ser nomes recibidos por un lugar a posteriori. Pero ben, sen documentación máis antiga, os nosos Malburgos son unha rareza. Miro ese libro e contesto noutro momento. Abrazos.

    ResponderEliminar
  8. Vaites! Houbo outro Malburgo máis, por Ávila; e non so iso, senom que un dos nosos Malburguete's debeu ter foro de seu, pois ao seu concello se remitía nunha carta o rei Afonso X en 1248 (Corpus Xelmirez). Supoño que era o Malburguete de Caldelas, que despois habería ser rebautizado como Bono Burgo (o afamado Bono Burgo de Castro Caldelas), do mesmo xeito que Malgrado foi rebautizado Bene Ventum (Benavente). Con estes datos a orixe pleno medieval parece máis segura que a alto medieval. Un saúdo.

    ResponderEliminar
  9. Buff! E tirando de Google Books, outro Malburguet en Córdoba, e en San Pedro de Eslonza, onde era un albergue de peregrinos, e en Guipúscoa, e Margudgued, antigo Malburguet, en Boltaña, Aragón... Si, a orixe si é agora claramente pleno o baixo medieval, e probabelmente como ben indicabas derivada de influencias transpirenaicas; así e todos penso que o primeiro elemento non é Mal- do latim malum, aínda que si se confundiu por veces con el: demasiados Malburgo/Malburguet para seren todos malos.

    ResponderEliminar
  10. Vaia! seica crecen como cogumelos os Malburgo... :/ qué decepción... recoñezo que me facía ilusión contar co único topónimo realmente xermánico de toda a península, a parte do posible Samos, sobre o que teño algunhas dúbidas co celta... ou o Guada que comentas tamén, que é ben extrano.. ou o río Parga, do que falas noutro post, aínda que se me antolla máis "rebuscado", e me soa moi prerromano tamén.. pero vaia, que falo de orella, así como me cheiran os topónimos, o cal é moi ousado... Malburgo é verdade que se aparecera illado podería ubicalo tranquilamente en Baviera. Pero o Malburguete é xa moi sospeitoso, e se se ven topónimos similares, creo que todo apunta a algo bastante máis prosaico que o suxerente "Castro do Parlamento" do suevos da lucense.

    ResponderEliminar
  11. Ola Carr. Lamentablemente sonche experto en decepcións, e isto é, sendo pedante, un simples cambio de paradigma. O topónimo segue a ser extraordinariamente interesante: porque non hai Vila Mala, non creo que Malburgo sexa Burgo Malo. Así pois, como se colou un composto xermánico polo medio da toponimia romance europea dos séculos XII-XIII? Cal é o mínimo común denominador destes topónimos?

    Sobre Samos < Samanos, engado ao indicado arriba que o antigo alto alemán e antigo saxón samanunga significaban 'congregación, comunidade', o que reafirma na miña opinión a hipótese xermánica, fronte á céltica.

    Sobre Parga, a existencia dumha inscrición latina local contendo o elemento PARRIQ, que eu descoñecía ao momento de escribir aquilo que comentas, penso que garante o carácter autóctone e pre-latino do topónimo, e consecuentemente non xermánico, á contra do que eu defendía. En todo caso, o debate sobre a orixe etimolóxica do termo parque, e formas relacionadas en múltiples linguas europeas, está aberto, remítome ao Cormines, e este topónimo sospeito que entre nel.

    Como topónimo galego xermánico puro penso que o máis aquelado, xunto a outras sospeitas que me reservo, é o das Lamas de Goá (Lagoa de Cospeito), vía río Goá (hoxe Anllo / Guisande) < rio Guada. A /w/ árabe representaba-se máis frecuentemente na Galiza medieval como /o/ que nom como /gw/ (cf o antropónimo Olite na Galiza, mais Ualit en Coimbra), outro indicio de non ser Guada o mesmo que os actuais rios andaluces en Guad-. Entón, no meu entender, mais sen a necesaria certeza, do xermánico *wadan 'vao, lugar asolagado / auga'.

    ResponderEliminar
  12. Ola Cossue
    Sobre o que comentas de Malburgo.. non é por augar á festa, pero non vexo tan difícil que puidera vir de Vila Mala. O fin de contas hai unha "Mata ma" preto de onde escribo, e mesmo unha "Pena ma" no concello de Allariz. Xa fora de Galicia temos esa famosa "Mal partida", e outros. O que a min me facía desconfiar que fora un Burgo Malo é que en galego debería ter dado un Maoburgo / Mauburgo, pero se é tan recente como semella, ben podería terse conservado o -l-.. de feito non só me soa romance, senón incluso pouco galego, sobre todo a versión con o sufixo -ete... aínda que insisto, falo de orella..

    En canto a Samos... o que teño lido (precisamente no libro de H.Martins "As tribos Calaicas", que estou lendo, un pouco para compensar a Calo Lourido ;P ) é que ben puidera vir dun celta Samanos, co mesmo significado de "reunión, xuntanza...", como o propio Samhain ou reunión cos mortos... segundo o principio da navalla de Ockham que sinalas, se xa temos celtas (Calo Lourido non estaría dacordo, pero debería explicar cousas coma esta..) e no resto da península, e mesmo sen sairen de Galicia hai outros exemplos idénticos (Portus (s)amanos en Cantabria, Zamáns gal. O. Entendo que mantés o criterio da extrañeza dun topónimo "Guada" illado e ó norte do Douro... ou tes feito novos achádegos?

    Gustaríame moito saber que outros topónimos cres que poderían ser xermánicos non antroponímicos, aínda que teñas dúbidas... e che explico por qué: estou facendo un mapa en Google Earth sobre o tema, básicamente trasladando os datos que atopo no teu blog (o mellor e máis serio recurso que atopei sobre o tema) a un mapa no que quero indicar significado e data máis antiga de rexistro dos topónimos relacionados coa presenza dos suevos en Galicia, para ver se poden dar algunha pista sobre o tema do asentamento suevo... que seica non ten deixado restos arqueolóxicos ningúns e sempre me pareceu unha etapa tan escura como apaixoante.

    Unha aperta!
    Carr

    ResponderEliminar
  13. Vaia, acabo de notar que no comentario que postei onte debín borrar sen querer un parágrafo enteiro, xusto despóis de "Zamáns". O que dicía é que se temos un Portus (s)amanos (Castro Urdiales); un Zamáns en Vigo e un Samaniego en Álava; que segundo H.Martíns virían dun mesmo celta "Samanos"; o máis económico sería pensar que o Samos lugués ten a mesma orixe.. e mesmo sería proba de que unha lingua céltica, ou alomenos certas palabras do celta, continuaban en vigor ata ben entrado o século V en Galicia.

    Tamén sinalaba a ironía que supón que estes celtas non aparecen cando se lles busca e despóis métense a emponzoñar un dos poucos topónimos que puideran ser xenuinamente xermánicos na península... ; )

    Despóis comentaba o caso de Guada: é o único que hoxe por hoxe, penso que non ten outra etimoloxía posible que a xermánica. O argumento que engades do wu > o en galego ven ampliar esa posibilidade, máis entendo que segues sostendo os anteriores (extrañeza dun "Guada" illado, dislocación xeográfica-escasa ou nula influencia do árabe na zona, etc) ou tes feito novos descubrimentos nese senso?

    Aproveito para insistir no meu interese en coñecer outras hipóteses de posibles topónimos xermánicos, polo tema do mapa que che comentaba onte. Linche nun post que falabas da posibilidade dos Fra < Fara, como en Italia. Sería un topónimo similar a Sá < Sala ou "Boiro < Burjan; é dicir, unha verba de orixe xermánica aplicada a unha realidade xeográfica, máis que puidera selo dun xeito indirecto (e tardío con respecto ós tempos de fala sueva), unha vez infiltrada no latín (esto é claro no caso de Sá; en formacións latinas como Sala vetera, etc). O mesmo acontecería no caso dos "Lobios" verba viva aínda hoxe, e polo tanto, equivalente a "Burgo"...

    Por iso vexo só Guada como posible topónimo posto directamente polos suevos, na súa lingua orixinal.

    saúdos!
    Carr

    ResponderEliminar
  14. Boeno... con Samos temos outras consideracións: a maiores do Zamáns que indicas temos o Gasamáns de Ames; se ambos comparten orixe etimolóxica ( < Samanes, Gasamanes), entón a partícula ga- (equivalente á latina co-) característica das linguas xermánicas evidencia a orixe destas palabras (Dicionario de dicionarios: (a)garimar, (a)gasallar, gaspeto...) Por outra banda, a investigación no monacato altomedieval galego ten por veces resaltado unhas notorias características xermanizantes (cf. Biskho 'GALLEGAN PACTUAL MONASTICISM IN THE REPOPULATION OF CASTILE', http://libro.uca.edu/monastic/monastic.htm). Ambas consideración, de orde lingüístico, e de orde histórico, levan-me a defender a orixe xermánica deste lugar. É mais, a hipotética relación Samos < Sámanos pero Zamáns < Samánes, pode explicarse pola ben coñecida casuística das palabras xermánicas derivadas de casos nominativos ou acusativos: garda < guárdia, mais gardián < guardiáne; castelán Fruela < Fróila, mais Froilán < Froilane.

    Sobre o libro de Higino Martins, buff, tanto como admiro as súas investigacións etimolóxicas, tanto como afirmo que este libro ten graves chatas metodolóxicas, empezando pola case renuncia á investigación da documentación diacrónica dos topónimos estudados.

    Vou con presas, outro día máis e mellor. Abrazos.

    ResponderEliminar
  15. (Non hai que buscar celtas para que aparezan: saen literalmente de entre as pedra, cos toxos, nos recantos, onde as laxes, polos regos até os alboios e os combarros...)

    Sobre a toponimia propiamente sueva, tendo en conta que a lingua xermánica destas xentes debeu desaparecer hai máis de mil anos, pouco pode quedar que inda sexa prístino, porén, é moito o que hai, tocado e rozado pola nosa lingua: as Sá's están aí e teñen un fermoso patrón de distribución NO de Portugal + Val do Miño. Por suposto, o seu uso fíxose extensivo ao romance, pero caeu en desuso xa antes do século IX ou X, polo que a información que fornece a súa distribución é importante.

    Os Fra / Fara son tema a estudar: é común nos estabelecemento0s Longobardos, e na Galiza poden documentarse sós, ou acompañados de xenitivos de posesor.

    E algunha outra cousa da que falarei cando toque ;-P

    ResponderEliminar
  16. Interesante o de Gasamanes. Sorpréndeme só a terminación -anes; en lugar de -ans; como correspondería á zona occidental..
    Se entendo ben, todos estes topónimos terían un orixe suevo, e farían referencia a un tipo de congregación... é dicir, funcionan como Sáa ou Fara; un término suévico aplicado sistemáticamente a elementos idénticos da paisaxe, que acaba morrendo no romance algúns séculos despois. A primeira Sáa, como o primeiro Burio, Roma, Samanos ou Fara; podería ter sido posto por alguén de fala suévica, pero alomenos os máis "recentes" xa o farían dentro da lingua romance, como indican os compostos con Sáa+termo latino. Polas datas e o significado específico, parece que o de Lugo podería ter sido un dos primeiros Samanos.

    O patrón de distribución de Sás é ben significativo. No mapa que che comentaba, ainda que polo de agora estou situando TAXX "normais" do tipo Gomesende ou Randulfe; acho unha grande densidade nese eixo do Miño, sobre todo nos concellos de Chantada e Palas de Rei..
    por certo, coñeces algunha especie de Sigpac ou proxecto de toponimia para Portugal, que permeta ubicar os nomes de lugar?

    Moitas grazas

    Carr

    ResponderEliminar
  17. Ups! Sorry, Gasamáns < *Gasamánes, como Zamáns < *Samánes, coa estreliña :-): http://books.google.es/books?id=g188AQAAIAAJ&pg=PA120&dq=Gasamans&hl=gl&ei=Ceh5TryAH-rR4QSH1rWrDQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CC0Q6AEwAA#v=onepage&q=Gasamans&f=false

    Para as sás, e pode que outros, si é iso o que sospeito, pero si un sospeita é que non ten probas, ao sumo indicios, hehe :-) Para máis destes topónimos, por suposto, non penso tanto nunha orixe directa xermánica, canto que nunha indirecta; é dicir, que eses topónimos xa eran plenamente romances (galegos) ao momento de se estabelecer, so que como apelativos cairon en desuso antes de seren recollidas pola documentación medieval. Penso en verbas como gasaliane, vivas no latin galego medieva, mortas hoxe. E como mirar para fondo de radiación cosmica querendo ver o Big-Bang. Ou para as rúas molladas por ver se choveu à noite. É-che o que hai, moi literamente. Dentro da nosa terriña, sí e Lugo e o Miño a terra que parece amosar (sempre na miña opinión) maiores restos de xermanidade, seguramente por ser tamén no seu día a terra máis romanizada.

    O que si penso, na liña de Bishko, é que o ambiente monástico era xermanizante, especialmente dun ponto de vista do dereito. E é curioso que no entanto na Liébana ou en Castela un gasaliane era un membro dunha comunidade monástica, no nosso latin podía ser tamén a esposa, ou unha persoa de confianza.

    Non coñezo un bo sigpac de Portugal :-( Proba: http://www.mapadeportugal.net/indicedistritos.asp, que sin ser fácil de usar inclue centos de topónimos localizados por concelho. Un abrazo.

    ResponderEliminar
  18. Sí, os asentamentos suevos parece que se produciron fundamentalmente ocupando infraestructuras romanas, irradiando dende un primeiro asentamento en Braga, (onde segundo autores como Thompson ou Diaz se concentraría case toda a súa poboación civil nun primeiro momento) cara o norte (sobre todo Lugo, segunda capital do convento). Penso que nesta expansión se seguiron as vías romanas de Braga-Ourense-Lugo; e en menor medida a que sube de Tui ata Iria, "per loca maritima", e a que une Iria con Lugo; pasando por terras de Arzúa e a Ulloa, outra zona de alta concentración de TAXX..

    Aínda que a distribución apunta a unha relación coa poboación sueva (ou poboación "suavizada" ;P) quedaría o problema da datación deses topónimos, do que sei que tanto te tes ocupado. Polo que teño lido eu (moito a ti..) parece que en tempos do Parrochiale inda eran minoritarios (só figuran Rodomiro, Francos, Sueuos, Gomedei... todos en territorio da Bracarense e Lusitania) e no século IX a antroponimia xa era totalmente xermánica. E despois teño lido autores -agora non recordo quén - que sostiñan que a formación foi nos séculos IX e X; pois nos documentos hai casos en que se asiste "en directo" a novas fundacións, ou que semellan moi recentes (?). Sei que coñeces ben o tema... pero ¿ata qué punto podemos afirmar que a moda "neogoticista" da corte de Alfonso III, ou simplemente a presenza masiva de antroponimia xermánica dende o seculo IX, non foi a orixe deses topónimos? tendo en conta que no Parrochiale semella aínda un fenómeno incipiente (e daquela seguramente ligado a portadores efectivamente xermánicos) parece que a moda debeu chegar o seu apoxeo nos séculos VIII-IX; e facendo un paralelismo coa abundancia de nomes francos, probablemente maior que a presencia física de xentes desta orixe.. ¿cómo podemos saber cantos dos TAXX galegos son de orixe goda, copiados a reitores godos, ou chegados dende a meseta, igual que chegaron os nomes vascos e francos ?

    Vaia, non me quería extender tanto. Abuso un pouco da túa dispoñibilidade... é unha proba de que deberías postear máis ;) ou directamente escribir un libro con todo o que sabes do tema!

    Moitas grazas polo link
    Apertas,

    Carr

    ResponderEliminar
  19. Corrixo: no Parrochiale hai un topónimo ligado ós suevos no convento lucense: Seuios, que o autor que che comentaba traducía como Suevos.

    O de Francos estaba na Exitania, e podería demostrar os estreitos contactos do reino suevo con o reino dos francos da Galia.

    Sobre a poboación sueva de Lugo atopei esto:

    http://www.google.es/search?client=safari&rls=en&q=%22Lugo+en+los+tiempos+oscuros+las+menciones+literarias+de+la+ciudad+entre+los+siglos+V+y+X%22&ie=UTF-8&oe=UTF-8&redir_esc=&ei=nBV6TvvLHImK4gS8vfWqDQ

    ResponderEliminar
  20. Perdoa, o link que fala da época que nos interesa sería este:

    http://www.google.es/search?client=safari&rls=en&q=ENTRE+LOS+SIGLOS+V+Y+X+(III)&ie=UTF-8&oe=UTF-8&redir_esc=&ei=JRp6TsCVIND34QTlgoTbDw

    (O tomo III da serie)

    saúdos

    ResponderEliminar
  21. Xa atopei a fonte onde lera o de Seuios e Francos:

    http://books.google.es/books?id=nKz6Aov9wYQC&pg=PA42&lpg=PA42&dq=Seuios+suevos&source=bl&ots=q5TUKQ_g21&sig=Vkw5bGOVFWiB8heJ418-R44pcWk&hl=es&ei=ah16Tt_RMMW78gP5r4FB&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCAQ6AEwAA#v=onepage&q=Seuios%20suevos&f=false

    ResponderEliminar
  22. Sobre o período formativo, plenamente de acordo: temos un termo post quem que nos ven dado polo Parroquial coa súa toponimia: villa Gomedei, Rodomiro, Francos, e, vaites, Seuios (grazas polas referencias, moi interesantes). Non son poucos: o tamaño medio destes topónimos corresponde con actuais comarcas (Morracio, Saliense, Bergido...) e a nivel de Galicia as máis das nosas comarcas aínda hoxe teñen nomes de pré-latinos (de xentes, como Trives, Valdeorras, Bergantiños, ou de ríos como Miño, Límia, Eume, Eo...), no entanto o tamaño típico dun topónimo de orixe antroponímica é a freguesía, como sucesoras das villae antigas e alto-medievais. Nótese tamén que o Parroquial inclúe un único topónimo con posesor latino, Cantabriano, a pesar desta toponimia ser de seguro moito máis ampla (aínda hoxe: Sabiñao < Sabiniano, Correlhã < Corneliana, Lourenzá < Laurentiana, Rubiá < Rufiana, Touriñán < Tauriniana....)

    E temos un termo ante quem (para a toponimia dos xenitivos de posesor) nos séculos VIII, IX, cando aínda coñecemos a algúns individuos que podemos relacionar cuns ou con outros topónimos. Por exemplo no diploma do rei Silo, de 775, onde se cita un tal abade Sperauta que dará orixe a un topónimo nas Mariñas de Lugo, Sperautani, que sería citado en varias ocasións nos séculos posteriores antes de desaparecer ou ser substituído; coñezo outra decena de casos similares (sen contar o moi sospeitoso ciclo de Odoario): Aián en Samos recibe ese nome por un Adila que alí viviu a primeiros do século IX, segundo un documento do século X; Limiñón, Avegondo, chamase así por un home de nome Lemenio que alí viviu no século VIII ou IX, segundo tamén un documento posterior onde é chamado avo 'antepasado'; nos documentos de Sobrado temos un Torantio en 917, probábel fundador ou neto do fundador de Torante. Puido ser o século IX ou X unha era de apoxeo para a creación desta toponimia? Non desde logo na Galiza: temos algúns documentos do século VIII, dúcias do século IX, e centos do século X, e os máis destes topónimos eran xa topónimos vellos naquel tempo, sen relación algunha con persoas vivas ou lembradas. Na documentación preservada, asistimos só ao final deste proceso, non ao seu apoxeo. E non é pouca fortuna! Por outra banda un nome como Malarico, por exemplo, apenas documentado na alta idade media, ten deixado nom menos de dez topónimos, o que indica antigüidade. Sería interesante ver si este dado (e outros como este) é estatisticamente relevante, para así poder dar forma a unha distribución da aparición destes topónimos co tempo.

    ResponderEliminar
  23. É dicir, que para esta época xa temos luz e taquígrafos, e tanto as presencias como as ausencias son relevantes.

    Sobre o influxo mesetario, é tan seguro como o é o noso influxo sobre eles, pero esta influencia, cando forte, nos século XI-XII, é xa demasiada tardía como para ter un papel na evolución da topoantroponimia xermánica galego-portuguesa. Abonde lembrar que até o século XI era tan só “A Terra de Fóra” (Terra Foricence, Terra Forismontis), unha paisaxe fronteiriza e complexa até onde os galegos podían levar os seus candidatos ao trono (Bermudo II, por exemplo, coroado en Compostela e levado anos máis tarde ao trono leonés). Vexamos por exemplo que na documentación da colección diplomática da catedral de León (ISBN 8474811600) até o ano 1000, duns 3800 antropónimos (teño unha pequena base de dados), uns 1500 teñen etimoloxía xermánica, un 40%, e sobre 360 árabe e bereber, un 9%. Facendo o mesmo para os documentos do Tombo de Celanova temos 4250 / 6500 = 65% xermánicos, e 160 / 6500 = 2,5% árabe. En Sobrado dos Monxes 2100 / 3100 = 67% xermánico, e 23 / 3100 < 1% árabe. En Portugal, incluíndo Coimbra, dos documentos de Portugaliae Monumenta Historica, 3050 / 5150 = 60% xermánico e 375 / 5150 = 12 % árabe. Por outra banda, moitos nomes xermánicos documentados ou populares en Portugal ou Galiza son descoñecidos ou raros noutras áreas da península. Na antroponimia e toponimia xermánica, Galiza e Portugal son centro, León periferia.

    Sobre o neogoticismo da corte de Afonso III, só podo afirmar que a antroponimia galega e portuguesa xa estaba ben xermanizada antes do ano 900 (123 / 199 = 62% en Celanova, 271 / 387 = 71% en Sobrado, 156 / 209 = 75% en Portugal, pero 73/184 = 40% en León (cuxa colección inclue documentos asturianos). Porén, os séculos XI e XII verán como a antroponimia galega se vai afacer á leonesa e á castelá (e á franca). Lembro tamén que nin Paio (Pelayo) nin o conde Pedro de Cantabria, fundadores do reino, tiñan nome xermánico, a pesar das crónicas asturianas suxerir ou insistir no seu goticismo.

    ResponderEliminar
  24. Xeograficamente, a densidade dos topónimos formados sobre o xenitivo dun nome xermánico segue con bastante precisión os límites do reino suevo, sendo moi notable nas terras de Braga, Porto e Lugo; algo menos por Ourense e Viana do Castelo; algo menos por Viseu, Vila Real, A Coruña e Pontevedra; importante aínda en Coimbra, Zamora, Occidente de Salamanca, de León e de Asturias, caendo moitísimo fóra desas terras. Consecuentemente, tanto por tempo, como por territorio, como polas notables ausencias fóra do territorio, como pola propia continuidade e permanencia da antroponimia sueva, contemplamos nesta instantánea unha escena borrosa, modulada polos séculos, mais que si nos achega, penso, ao poboamento ou influencia sueva. En todo caso, de onde non hai non se pode quitar: sabemos que as necrópoles visigóticas estaban fundamentalmente na meseta, ao abeiro da 'Serra' que dirían os árabes, alí tamém onde abundan as pizarras visigóticas, mais nesas mesmas terras apenas hai toponimia xermanica / xermanizante / xermanizada (pero aínda si hai latina e prelatina.)

    Un apuntamento sobre os francos: hai un pequeno número de nomes xermánicos, de aspecto franco máis que suevo ou godo, documentados na idade media antes do ano 1000, previamente por tanto á chegada dos influxos transpirenaicos que habían chegar con Afonso VI e Cluny. Entre eles Ianardus (topónimo Xenarde), Recardus (e topónimo medieval Recardanes), Carolo, Arnulfus (Arnufe), Bernaldus... ou Pantardus, sucesor do panonio, pro-franco e católico San Martín como arcebispo de Braga; pergúntome se o propio Pantardus non podería ser el mesmo un franco. Ben, estes nomes poderían ser unha lembranza dos aliados francos asentados polos suevos. Sobre os nomes francos xa no século XII e XIII, os primeiros portadores son realmente francos, colonos e cargos eclesiásticos de Cluny, como ben se pode ler na Historia Compostellana, e a súa popularización de debe tanto á novidade como ao prestixio dos chegados. De feito, os primeiros habitantes de Vila Franca do Bierzo eran francos, no século XII. E usaban nomes francos, claro.

    Saúdos. (Puff, puff, como me fas choiar, compañeiro).

    ResponderEliminar
  25. E moi interesante o das vias romanas, como elemento de difusión / expansión.

    ResponderEliminar
  26. Grazas polo choio Cossue, como sempre, datos moi interesantes..

    A alta densidade de topónimos TAXX no NW é un dos aspectos máis interesantes e menos explicados da demografía altomedieval da península.. é un deses enigmas que darían para facer un documental: ¿que foi do asentamento visigodo? ¿ten que ver a alta densidade da Gallaecia coa "reconquista" e a moda neogoticista do século IX, como din algúns? eso podería pensarse se se asume que o espacio galaico foi unha especie de ariete contra a Hispania musulmana (sen necesidade de que os musulmáns tiveran dominado o territorio galego, simplemente era unha zona onde se exaltou a identidade cristiana-xermánica fronte á Hispania musulmana, precisamente por contar co seu propio reino-referente) , de feito a Gallaecia é, xunto ós condados cataláns (tamén de alta densidade de TAXX), o espazo que antes quedou "liberado" de musulmáns -(se algunha vez estivo ocupado) e fonte dun impulso do que nacería Portugal...

    Con todo, vexo esta explicación máis retorcida que pensar que simplemente aquí houbo un modelo de poboamento do territorio diferente do da meseta, e por algunha razón, estaban máis de moda os nomes xermánicos, fenómeno ó que habería que lle atopar explicación se non se quere simplemente admitir que a densidade de xermanos era maior aquí que na meseta, algo que non ten moitos apoios hoxe por hoxe, que corrixen sempre á baixa a importanza do continxente suevo.

    Este proceso de ocupación do territorio específico da Gallaecia se traduciría na creación de numerosas vilas no século VIII-IX, a partires da descomposición do estado visigodo e a ocupación do seu territorio (reino de Hispania) polos musulmáns, quedando ó Reino da Gallaecia "á deriva" sen un rei propio. Esto daría lugar a un fenómeno de reorganización do territorio: ata entón a poboación se concentraría en castros, pequenos asentamentos e os poucos vicus, vilas e cidades romanas existentes.. : hai un interesante estudio do tema por Alvaro Rodriguez resino "Cidades, Vicus, Castra y Villae en el NW durante la tardoantigüedad..." e o pos no google atoparás o pdf). Na meseta, os grandes latifundios seguirían a concentrar a poboación en torno a eles e habería menos vilas de nova fundación... (?)

    Outro aspecto moi importante a ter en conta é a altísima densidade de topónimos de toda caste no NW, fronte á meseta. Se aquí pode haber, poñamos por caso, 10 nomes de lugar por kilómetro cadrado, na meseta pode haber 1 ou menos. Polo tanto a comparación deberíase facer en porcentaxe de TAXX sobre os topónimos existentes. Aínda así, o dato que aportas sobre o porcentaxe de nomes xermánicos en León e Sobrado e ben significativo.

    saúdos!

    Carr

    ResponderEliminar
  27. Ah, onte esquecín engadir un quinto topónimo ligado os suevos no Parrochiale: Agilio, na zona de Braga. Se cadra xa o atopaches no texto.

    Aproveito para darche outro dato que non sei se tes, para a tua lista de xermanismos: penso que o "lapar" pode ser de orixe sueva.
    Estiven lendo unha lista de "longobardismos" no italiano (en concreto no dialecto alpino de Gerenzano
    http://www.gerenzanoforum.it/pagine_web/storie/longobardi/parole_longobarde.htm
    e atopei que o Longobardo "Slappon" significaba "tragar" e se conserva aínda nese dialecto como Lepá/slapaa con o significado de lamber, comer con avidez.
    O significado no galego é idéntico:
    http://www.edu.xunta.es/diccionarios/BuscaTermo.jsp

    Alén diso tamén vin que o longobardo napp(j)a significaba "nariz". En galego tamén existe:
    http://www.edu.xunta.es/diccionarios/BuscaTermo.jsp
    aínda que neste caso sería un xermanismo compartido con o castelán... pero ¿cando e donde se orixinou? ¿podería ser un galeguismo en castelán, como ascuas ou gaspallar?

    a comparación cos longobardos e moi interesante, deixaron bastantes máis pegadas no italiano e os seus dialectos que godos ou suevos aquí, pero poden dar moitas pistas.

    Por certo, o ano pasado, cando aínda vivía en Italia, iniciara un "documental" -apenas fixéramos unhas tomas eu e a miña moza-sobre a lingua dos "Cimbrios" que son un grupo de alemáns chegados en torno ó s.X o altiplano veronés. E moi interesante o seu dialecto, seica conserva moitas palabras do longobardo. A fin de contas era altoalemán antigo! o seu modo de vida como leñadores, o seu illamento e todo facían deles un grupo moi interesante... merquei un libro cun vocabulario de cimbrio. Algunhas palabras semellan tiradas da túa lista de xermanismos do galego, aínda que atopei poucas realmente relacionadas (grobiam e magas, penso)

    ResponderEliminar
  28. Como ves eu tamén choio! ;))) (faise o que se pode..)

    ResponderEliminar
  29. Un último comentario (prometoo ;) hai uns anos, cando visitaba a rexión tirolesa do Alto Adige (pertencente a Italia, pero de fala alemana), chamoume moito a atención un topónimo en pleno parque nacional do Stelvio: Gomagoi. Soábame moi galego, e non sabía por qué. Agora doume conta: coma en moitos antropónimos suevos e godos, "goma" podería vir do alto-alemán "guma" (home)
    e sobre todo, comparte con algúns dos nosos TAXX a terminación (g)oi... como en Fingoi, Raxoi... o famoso "-oi" que non sabemos identificar! sería o caso de saber que quere dicir Gomagoi hoxe, se aínda se comprende o seu significado por aquelas xentes de fala "tedesca".

    Apertas!
    Carr

    ResponderEliminar
  30. Ola, Carr. O grande problema da explicación vía unha grande colonización gótica da Galiza e Portugal é que esta non ven nin confirmada nin suxerida polo rexistro arqueolóxico, nin pola propias fontes documentais, xa sexan estas locais, asturianas ou árabes. Dese modo, o feito que se quere explicar se constitúe no propio sostén da hipótese. Doutra forma, tanto por tempo, como por xeografía, como dun punto de vista puramente lingüístico, esta toponimia continúa o reino, xeografía e antroponimia dos suevos, facendo innecesaria (superflua, antieconómica) unha chegada visigoda que explique esta casuística. Tanto máis cando esta é descoñecida ou residual nas terras que sabemos ou intuímos colonizadas por godos na meseta (Mérida, Cáceres, Ávila, Valladolid, Segovia...).

    Por outra banda, o neogoticismo emanado das cortes de Oviedo ou León ten máis que ver coa reintrodución do liber iudicum, dos ritos góticos, e da pompa toledana (consecuentemente, do aparato estatal, máis que dunha certa cultura) en territorios que foron periféricos, e por tanto, que non tiñan unha gran lexitimidade para reclamar unha continuidade co corazón do reino.

    Sobre o número dos xermanos, é ben certo que nos últimos decenios, e consecuentemente co “anti-invasionismo” vixente (que non me parece mal) estes teñen sido rebaixados notablemente. Así dos centos de miles de visigodos dos que se falaba na literatura escolar de hai vinte anos, pasamos aos calculado, por exemplo, polo historiador aragonés Javier Arce (“Bárbaros y romanos en Hispania”, pp. 81 e 149) que estimou o número dos godos en 410 entre 20000 e 40.000 (fronte a 25.000 suevos), en función do subsidio obtido de Roma en 418, consistente en 600.000 modios de trigo, co que se podía alimentar a 15.000 homes/ano. Seguramente os suevos eran menos (a metade? a terceira parte?) que os visigodos, máis a súa densidade era probabelmente máis alta, por viviren nun territorio máis reducido. Estas cifras son máis notables do que parecen, se temos en conta a densidade de menos de 5 habitantes por quilómetro cadrado calculada polos arqueólogos para a Germania Libera. Sinalo tamén á famosa alocución do rei Reccaredo no terceiro concilio de Toledo: “De facto, non só a conversión dos Godos é engadida ao monto das nosas recompensas, senón que tamén a infinita multitude da nación dos Suevos. Dado que foi levada á herexía por erro alleo, entón nos con entusiasmo á revogamos á verdade do principio. Consecuentemente, santísimos padres, estas nobilísimas nacións aplicadas por nos ao proveito do Señor...”

    Plenamente de acordo tamén no de comparar porcentaxes, dado a alta densidade toponímica de Galicia. Unha cata rápida que fixera hai tempo, tomando como “fósil director” a toponimia rematada en -rís/-riz, -mil/-mir, -munde/-monde, -sende/-sinde ía por aí (http://frornarea.blogspot.com/2009/06/antroponimia-sueva-i-de-v.html, o terceiro mapa). Doutro modo, dos 326 núcleos de poboación da provincia de Valladolid, corazón dos Campos Gothorum, interesan Villasexmir (genitivo), Wamba (nominativo), Bracamonte (gen.), Ramiro (acusativo), só 2 / 326 < 1% topónimos formados con xenitivos, e xa que logo, de seguro antigos; en Zamora, en territorios que pertenceron ao reino suevo, de 520 núcleos: Fadón (gen.), Formariz (gen.), Castropepe (gen.), Villalonso (ac.), Villageriz (gen.), Villafáfila (nominativo), Samir (gen) de los Caños, Triufe (gen), Ufones (gen), Ungilde (gen), Peñausende (gen), Remesal (gen), Mayalde (gen), Sandín (gen), Mahide (gen), Lubián (gen), Bamba (nom), Hermisende (gen), Castromil (gen), Galende (gen.), Brandilanes (gen), Fermoselle (gen), Fariza (nom), Cotanes (gen), Coomonte (gen), Catrogonzalo (ac.), 21 de 520 núcleos = 4% de xenitivos. Podemos realizar a mesma comparación León / Palencia, ou Asturias / Cantabria, territorios con similar historia e forma de poboación, e o que obtemos é un notable gradiente Oeste / Leste. Incluso dentro da propia Asturias, o occidente é máis ricaz có centro, e o centro có oriente.

    ResponderEliminar
  31. En todo caso, para o ano 700 os suevo levaban 300-250 anos asentados na Galecia e Norte da Lusitania (xa no ano 570 ocupaban a metade dos bispados do reino), fronte aos godos, que non superan o Douro até os últimos decenios do século VI. Non é necesario por tanto ter un número moi grande. Eu imaxínome gran parte do reino suevo como o recuncho do Bierzo, no límite con Rubiá, Ourense, apenas bosquexado por San Valerio no Ordo Queirmoniae (ISBN 8496259870), para o ~650: un pequeno territorio chamado Ebronanto (Céltico: 'Val/Rego do(s) Teixo(s)', hehe), pero de Castropetre, propiedade dun vir illustre, un nobre, e probabelmente un pater familias (neste caso co nome xermánico Riccimiro) que tería o seu pazo e o seu grupo de servizais, e con capacidade para fundar novas igrexas que con tempo adquirirían o seu nome, ou o dun sucesor. Por outra banda, o coñecermos realmente a contribución relativa dos xermanos ao poboamento ibérico é cousa que se vai ir sabendo aos poucos. Por exemplo, Galicia e norte de Portugal amosan unha alta densidade relativa (dentro da península ibérica) de haplogrupos (er, tipos?) do cromosoma Y relacionado coa expansión xermánica: I1a, I2b, e U-106. Dado que de confirmase vai na mesma dirección.

    Bueno... Grazas polos dados de Italia, meu :D Coñecía o lapar/lapear (teño unha lista de xermanismos máis actualizada aquí: http://frornarea.blogspot.com/2010/07/ripo.html), pero interésame moito o dos longobardos, precisamente porque as comparandas sempre son, ao pouco, enriquecedoras. O das napias é xermanismo seguro, o que non sei é se non será vocábulo tomado directamente do italiano máis ou menos recentemente... Teño no disco duro como 20 artigos extensos a medio terminar, entre eles un de xermanismos, con primeiras mención en fontes latinas e romanzas galegas, e comparanda. Apertas!

    ResponderEliminar
  32. "perto de Castropetre", non "pero de Castropetre". Este Castro Petri xa existía daquela (s. VII), por certo!

    ResponderEliminar
  33. Ola Cossue!

    Colle folgos, que ahí vou ;)

    O primeiro tes que disculpar, non vira que, efectivamente, xa incluiras lapear na lista, con significado (e orixe) idéntico a lapar...

    O de napia, tes razón, a min tamén me soa a préstamo recente.. de tódolos xeitos, só se conserva no "italiano" dialectal (o poño entre comiñas porque en realidade, os chamados dialectos italianos, coma os franceses, son linguas derivadas directamente do latín, coma o galego, o asturiano ou o catalán..).

    En cuanto a repoboación goda.. nunca pensei tal cousa, porque efectivamente non hai probas. Reflectia somentes sobre a posibilidade de que unha parte sustancial dos antropónimos xermánicos galegos non tiveran unha orixe "goda", igual que hai nomes francos, vascos e arábigos, sen implicar unha repoboación masiva de xente destas orixes. Dicía que podería estar relacionado con un ambiente político específico da Gallaecia no século VIII-IX, unido á reocupación do territorio. Este contexto sería diferente ó de Oviedo-León; pola referente político anterior do reino suevo-provincia goda. A xermanización da antroponimia sería un factor a encaixar nesa coxuntura; e qué sentido podería ter que algúns deses nomes foran de orixe goda ou afermaran a conexión goda. Con todo é so unha hipótese, recoñezo que a explicación máis directa é que foran de orixe suevo case na totalidade, pero non me atrevo a aseguralo ;)

    Hai algúns enigmas no poboamento suevo de Gallaecia, sobre todo un:

    por qué deixaron tan poucos restos materiais) (en comparación cos visigodos...) o feito de que os visigodos foran inda menos dos que se dicía (20.000-40.000) fai aínda máis significativa esta diferenza de restos materiais...

    O problema da estimación do número de suevos é que está en función de cifras fluctuantes (vándalos, visigodos), que últimamente foron correxidas á baixa. È curioso que o mesmo Javier Arce reduza á quinta parte a poboación de godos pero manteña as cifras "tradicionais" (dos últimos 20 anos) para os suevos: 25.000. Coma ti dis, a relación debía ser de 2 a 1 ou 3 a 1;o cal presenta unha "horquilla" cun mínimo de
    7.000 (1/3 de 20.000 godos) e un máximo de 20.000 (1/2 de 40.000 godos); onde a zona de "máxima probabilidade" estaría en torno ós 13.000.

    Con todo, o problema segue sendo ó establecemento dun límite mínimo á presenza sueva, pois sóese falar só dun límite máximo, pero eu creo que -aplicando a mesma ley da navalla de Ockham, que paréceme moi axeitada- o que habería que calcular é cal é o número de suevos que podería explicar os "ecos" que temos deles, o seu impacto político na Gallaecia e as estimacións vagas e subxectivas (cun límite no razoable, certamente) que deles daba Recaredo.

    ResponderEliminar
  34. Para iso podemos ter en conta elementos coma:

    As cifras baixas que se dan nos últimos anos dun "máximo" de 4.000-5.000 guerreiros (como dicía por exemplo, F., en Celtiberia)

    A posibilidade de que foran básicamente (pero non exclusivamente) homes armados (improbable, pero a ter en conta cando queremos fixar un "chan" ó número de suevos)

    A variedade de antropónimos xermánicos, dos que un mínimo de 50% serían de orixe suevo (falo sempre de mínimos) é dicir, uns 1.500-2.000, se lembro ben as túas cifras de antropónimos.. esto implica, como ben tes razoado, dunha masa crítica suficiente para producir e reproducir esta variedade.

    A escasez (case ausencia) de restos materiais suevos (dos que se teñen achado, moitos poden ser godos ou vándalos, ou mesmo importados, pois se sabe que a moda danubiana se extendera entre os románs) esta escasez é significativa se a comparamos coa relativa abundancia nas áreas godas (é dicir, unha situación inversa ós antropónimos)

    A presenza, efectivamente, de marcadores de ADN dos haplogrupos I1 e I2b no NW. Agora ben, estiven informándome sobre o tema e descubrín que o I1, o que é comparativamente máis alto en Galicia-N de Portugal que en calqueira outro recuncho da península, non é tan atribuible ós suevos (probablemente xermáns orientais, en todo caso migrados ó sur da Germania en datas tempranas), senón os vikingos ou anglosaxóns, é dicir, pobos do báltico. Os suevos se relacionarían máis ben con outros marcadores R; o U-106 e o I2b (pérdome un pouco coas denominacións exactas), que compartirían cos godos. O curioso é que o mapa de densidades do I2b marca un máximo en Asturias, o que reforzaría a versión tradicional do refuxio godo nas Asturias (por máis que se faga difícil entender como puideron ir a guarecerse a terras tan hostís). O que sí é certo, que o conxunto dos marcadores relacionables cos xermanos teñen un máximo no espazo do antigo reino suevo. Fica o misterio da orixe do I1 en Galicia, inlcluido o interior... normando? sabese que bansa de vikingos percorreron á nosa terra servindo a distintos señores feudais...

    Na época dos suevos, a Gallaecia (e dicir, os 3 conventos que serían o nucleo do reino, que se extendería tamén pola Lusitania) podía contar cuns 700.000 homes libres (entendo que inclue ás mulleres e nenos), sen contar esclavos (hai quen rebaixará esa cifra, pero tamén quen da cifras de máis dun millón en total...)

    Consideremos que para ter un impacto político non fan falta demasiados milleiros de persoas: basta que sexa un grupo ben armado que poida chegar a algún pacto coas élites locais. Lembremos o impacto que tiveron os vikingos que asolaron as nosas costas, sen seren máis que uns centos ou algún milleiro; ou tantos outros exemplos de elites que chegaron e se fixeron con o control dunha sociedade sen un grande potencial demográfico (os propios románs ou árabes que chegaron á Península). O outro día escoitaba un podcast que falaba dos bárbaros onde se facía referencia a un "grandísimo exército" que librara unha batalla na Xermania... e resulta que non eran máis que uns mil homes armados.

    ResponderEliminar
  35. Cal é o número mínimo de guerreiros suevos para facerse con o control (non total nen rapidísimo) dun terzo dunha península habitada por uns 5 millóns de persoas? falase nos últimos anos dun máximo de 5.000 guerreiros (outros chegan ata 8.000), pero cál é o mínimo? 3.000? non penso que se puidera conquerir con menos, aínda que no canto da imaxe clásica dos exércitos e as lexións romanas, creo que deberíamos pensar en bandas duns poucos centos movéndose polo territorio, que é o que acontecía noutras partes de Europa neses anos (as propias bagaudas ou as milicias dos vándalos, que en realidade non pasaban dos 300 ou 400 individuos en moitos casos, por máis que De Vita e Procopio os contara por milleiros..)

    Outro dato importante sería coñexer a composición do continxente suevo: o máis probable é que foran básicamente familias, pobos (ou clans) enteiros de mulleres, homes e nenos. Eso leva a multiplicar polo menos por 4 ou 5 a cifra mínima de 3.000 e danos uns 12.000-15.000

    Agora ben: cantos deles morreron na batalla dos montes Nerbasios, no Orbigo ou no asalto dos Godos a Braga? as fontes falan da case total aniquilación dos suevos. Inda que gran parte da poboación civil se tivera salvado, cántos sobrevivirían? e doutra banda, Cantos puideron emigrar cos vándalos a Africa? seica se teñen achado inscripcións con nomes suevos ó norte de África, como a propia muller de Genserico. Habería tamén vándalos asdingos que ficaran entre os suevos?
    E por último: cantos deses "suevos" non serían galos ou esclavos doutra orixe? parece que o continxente suevo era bastante heteroxeneo, con eles puideron chegar saxóns, burgundios, burios, francos e xentes non xermánicas, aínda que deberían predominar os suevos, pois así se refiren todos a eles... alomenos a meirande parte dos guerreiros serían suevos (3.000 "prazas" non da para meter moitos pobos)

    Doutra banda, temos a posibilidade (menos probable) de que viñeran principalmente homes armados. Sei que foi achado un colar de ámbar en Vigo, que Idacio non sinala este feito... pero non digo "0" mulleres, senón que estas foram unha minoría... 1/3 tal vez. Esto arroxaría unha cifra de:

    3.000 guerreiros + 1.000 mulleres + 3.000 nenos e nenas (teñamos en conta a tasa de mortalidade infantil e que non tódalas parellas estarían en idade fertil á vez) + 1000 vellos e vellas =8.000 persoas, dos cales pode que uns 1.000 (?) foran de orixe galo ou non xermánico (maioritariamente as mulleres); e outros 1.000 (?) de orixe xermánico non suevo.

    Son cifras que poden parecer collidas un pouco ó chou, pero non penso que moito máis das que se veñen propoñendo habitualmente...

    Todo esto, lembremos, falando dun límite mínimo unha especie de "mínimo común múltiplo" ou cifra indivisible para obter esos resultados.

    Se meto todos esos datos na coctelera, e busco un pouco una media, ó final acho sempre un rango de cifras que semella repetirse en moitas áreas: na toponimia; na porcentaxe de marcadores xenéticos xermánicos, na relación entre a estimación media de suevos e a poboación indíxena do seu reino...

    esa cifra oscila entre un mínimo do 1% e un máximo do 5%, segundo ás zonas xeográficas do antigo reino, co cal tiro como conclusión que o 3% sería a "cifra máxica" que representaría o impacto suevo na Gallaecia, 1600 anos despois.


    Uff, espero non terche perdido moito polo camiño... se que podo chegar a ser un palizas ;)

    unha aperta!
    Carr

    (curiosamente, a verba que me aparece para a verificación de palabras para postar o comentaria, mira ti, e un TAXX: "regamil" ;))

    ResponderEliminar
  36. Onde digo bansa de vikingos refírome a bandas

    ResponderEliminar
  37. Ola Carr. Mhhhh. Home, poñendo os factores por explícito, a contribución neta poboacional dos suevos sería, en porcentaxe:

    Nº de Suevos x 100% / (Nº de Galaico-Romanos + Nº de Suevos)

    Agora ben, “Nº de Suevos” sería o número de suevos efectivos no momento antes de que comezaran a fundirse cos locais. Consecuentemente: Nº de Suevos = Nº de Suevos iniciais * factor de crecemento * anos transcorridos. O factor de crecemento vai ser función tanto da natalidade, como da mortaldade. A primeira virá potenciada polo factor de seren unha elite, e dispoñer consecuentemente dun mellor acceso á produción, a segunda tamén ven potenciada polo factor de seren os Suevos o seu propio exército, acrecentado só mais tarde por bretóns e (maybe) francos. Calcular calquera delas requiriría ser un historiador especializado tanto en historia militar como en demografía. Mais, vaiamos cazar andrómenas:

    Para o cálculo do número de Suevos, dependemos en grande medida do número dos vándalos, e si de admitimos ou non os 80.000 homes+mulleres+nenos+servos que pasan a África, na relación de Victor Vitense. Polo xeral, o argumento en contra ten que ver coa dispoñibilidade de embarcacións; sen embargo, o paso a África leva varios meses segundo se desprende da crónica de Hidacio, polo que non serían necesarios moitos barcos para o paso, só moitas viaxes polo estreito de Xibraltar. Por outra banda o total dos efectivos militares usados contra os Vándalos por Romar é duns 15.000, segundo se deprende do patético (como a sinfonía) relato dos feitos, por Procopio.

    No entanto Nº de Galaicos = Nº de Galaicos (censo) * factor de crecemento galaico. Para o número de Galaicos e Astures, temos a incrible fortuna de saber o número inicial, o censo mencionado por Plinio para o primeiro século da nosa era: 700.000, sen contar escravos. Sabemos tamén o valor do censo para Italia no 14 D.C: case 5.000.000. Agora ben, se algo caracterizou o imperio é a crise demográfica que arranca no II século despois de Cristo, e no que a poboación total caeu disque de 70 a 50 millóns. Logo podemos asumir por boas prácticas unha poboación de entorno ao medio millón de almas nos tres conventos occidentais da Galécia, ou sobre uns 200.000 habitantes na Galiza.

    En fin, ao meu ver, moitos factores no produto (aínda que non tantos como na fórmula de Drake): abonda dar dobre ou metade nas estimación dos parámetros para obter uns resultados moi distintos. Cociñando, cociñando, podemos preparar o prato que agrade ao noso palatal. Eu xa estiven alí, e non volvo: por veces vin con la, por veces tosquiado :-) Máis simples % = +-25.000 (estimación usual de máis dos historiadores) * 100% / +-500.000 = sobre un 5%; non obstante, o máis probable é que no entanto que nas rexións arredor de Braga, Porto ou Lugo os suevos fosen unha parte importante da poboación, poñamos que un 10-15% (porque-yo-lo-valgo), e noutras aínda tiveramos asentamentos máis ou menos importantes, cunha clase popular de labregos ricos, noutras zonas os suevos apenas serían un 1, 2, 3%: unha elite rural de terratenentes como o Riccimiro de Valerio do Bierzo. Ao tempo.

    ResponderEliminar
  38. Sobre os Suevos idos cos vándalos, penso que todo o rebumbio se basea na muller sueva soterrada en Hippo Regio (Ermengon Suaba), esposa de Ingomar, presumibelmente un nobre local. Agora ben, os tratos matrimoniais entre os pobos xermánicos (e non só) eran práctica común para a consecución de alianzas, e consecuentemente, este mero dato é pouca proba dese movemento. Había continxentes doutras nacións cos suevos? É case seguro que si, porque penso que hai exemplos diso mesmo entre todas as xentes das migracións; o topónimo Téifaros en Astúrias pode ser un bo indicio, pero os Táifalos poden ter chegado mesmo por mar, de Poitou, cos Bretóns.

    Con respecto á xenética de poboacións, coñezo dados estatísticos vía dúas fontes: www.Iberianroots.com, e o paper de Adams et al: “The Genetic Legacy of ...” en http://www.cell.com/AJHG/abstract/S0002-9297%2808%2900592-2. E fiable pouco máis. O segundo, logo de pasar os datos por este mancontro http://www.hprg.com/hapest5/, da para Asturias unha persoa de haplogrupo I1 (5%) e outra con I tipo basco. Para Galicia 4 I1 (4,5%), 2 I2b1 (2%), e 3 dubidosos, con I de tipo basco ou de tipo balcánico. Como comparanda, na media francesa I1 é do 10%, e I2b1 do 5%, e no norte de Italia 6% e 3%. Son dados a ter en conta, pero inda non suficientemente informativos ou relevantes. Ademais, é un campo no que hai moito “ruído”, coido. Fica sentar e agardar.

    Con respecto á arqueoloxía, eis un paper interesante: http://www.google.es/search?q=pitts+relation+between+rome&ie=utf-8&oe=utf-8&aq=t&rls=org.mozilla:gl:official&client=firefox-a. Lembremos tamén os moitos materiais xermánicos extraídos en Coimbra, entre eles un bo número das fíbulas que se asocian en centroeuropa cos Quados.

    Sobre o meu, que é a onomástica, buff, propiamente non hai nomes suevos ou godos, aínda que si se pode afirmar que os nomes dos nosos suevos forman unha área onomástica, xunto cos nomes dos vándalos, burgundios, gépidas, visigodos, ostrogodos, hérulos, varnos... Entre os suevos centroeuropeos Jordanes menciona un Halarico (nome que tamén tiña un hérulo e un godo) e un Hunimundo (como un vándalo), entre os nosos temos Remismundo, mesmo nome dun embaixador godo; ou Theodemiro, mesmo nome dun godo (Jordanes). Por exemplo, algúns nomes vándalos:
    Childericus (Tours), Ilderich (Jordanes), Ildericus (Isidoro): top. Aldariz
    Gelimer (Jordanes), Gilimer (Isidoro): top. Xermil
    Gunderici (Isidoro), Gunderico (Tours), Gundericus (Idatius), Gundericus (Isidoro): top. Gondoriz, Gundriz...
    Guntamundus (isidoro), Gunthamundus (jordanes): top. Contimunde
    Guntemirum (isidoro): top Gondomil
    Honericus (tours), Hugnerico/Ugnericus (Isidoro), Hunericus (Jordanes), Hunericus (Marcellino): top. Uriz, Ouriz, Vilouriz...
    Thrasamundo (Jordanes), Trasamundus (Tours), Trasemundus (Isidoro): top. Trasmundi

    Polo máis, sempre podemos comparar a nosa onomástica coa catalá, tamén moi xermanizada, mais ou menos a partes iguais entre nomes godos e francos. Así, por exemplo, un nome como o noso Aloyto/Aluito representa 119 de 9602 mencións nos cartularios de Sobrado e Celanova (1,24%), en León 9 de 3839 (0,2%), mais en Cataluña (RAC, ISBN 84-7283-277-5): só 1 de 39.000, na forma Alovetti, e mais ten orixinado nom menos de 30 topónimos na Galiza (Alvite, Vilalvite, etc..). Outro nome como Baltarius, que aquí ten xerado máis de 20 topónimo Baltar non é rexistrado en Cataluña (0 de 39.000), pese a que aquí representa 44 de 9602 mencións onomásticas (= 0,5%), e 3 de 3839 (0,1%) en León; sempre en documentación anterior ao ano 1000. Esta técnica non funcionaría ao revés, claro, pois un nome común en Cataluña e descoñecido aquí podería ser, simplemente, franco. A proposición dunha expansión onomástica goda, en contra do gradiente de popularidade (e de diversidade) da onomástica xermánica no noroeste peninsular resulta, penso, plenamente antieconómica.

    Buff, Carr, se che parece deixámolo estar, porque quero ter unha vida, e os argumentos xa están expostos. Saúdos.

    ResponderEliminar
  39. Tes razón, Cossue. Moitas grazas por tódo-los datos e links. Creo que comparto o substancial dos teus argumentos. Os matices darían para discutir horas e horas, ultrapasando os límites do razoable e entrando de cheo no bizantino.

    Agardo con ansia eses novos artigos que tes en producción.. eu comprométome a non plantexar polémicas tan longas ; ]

    Eso sí, deixame dicirte que creo que terías material para escribir un libro moi interesante.. sobre todo na toponimia -incluida a céltica-, vexo que manexas datos que inda non se atopan nas máis recentes publicacións sobre o tema.

    apertas
    Carr

    ResponderEliminar
  40. Grazas a ti, meu. Outro día seguimos :-)

    ResponderEliminar

Publicar un comentario

Deixe o seu comentario:

O máis visto no último mes